Ai ai ai como é difícil. Vocês sabem, ou não sabem, mas eu sim. É um esforço enorme entre o corpo e a razão, entre os argumentos sólidos e imagens insólitas e sedutoras.
As sensações, as chamadas. Querer saber, querer ir sempre mais, como vai ser a próxima, como será viver sem isso, sem isso que chamamos vício - aí está ela outra vez, a palavra fatídica.
Já são 8 dias. É pouquinho, mas só eu sei como me custa. Passo por ali, olho, está ao alcance da mão. Dali saem sentimentos que nem são meus, idéias que não me apaixonam, em debate incessante entre o que se quer e o que não se quer mais. Mentiras, imprecisões. Mas eu pensava: preciso. Preciso disso, é de onde retiro a revolta que me impele, que faz sair de mim, ainda, um fiapo de voz, que mais do que isso não sou. Os sonhos todos de uma vida pulam fragmentados e inúteis. E que faz uma velhinha depois das 19h, com todo o perigo nas ruas?
8 dias é pouquinho, mas é alguma coisa. Mais 24h.
E não adianta não ter. Não quero mais, vou jogar no lixo. Não tendo é pior. Não ter traz um desamparo, uma sensação de que, agora sim, você está sozinha no mundo. Não há remédio, não há companhia. Você está sozinha e não tem ninguém para chamar. O que tem é essa muleta ostensiva, enganadora e comprometida que me engana e me destrói.
O que tem é a ignorância contra a qual não posso mais lutar.
Uma vez deixei. Foi tão bom! Foi a época mais criativa da minha vida. Depois caí de novo no engodo.
Ajudem-me, amigos, é preciso força.
Estou há 8 dias sem ver televisão.
E você aí, pensando bobagem, hem?
...
As sensações, as chamadas. Querer saber, querer ir sempre mais, como vai ser a próxima, como será viver sem isso, sem isso que chamamos vício - aí está ela outra vez, a palavra fatídica.
Já são 8 dias. É pouquinho, mas só eu sei como me custa. Passo por ali, olho, está ao alcance da mão. Dali saem sentimentos que nem são meus, idéias que não me apaixonam, em debate incessante entre o que se quer e o que não se quer mais. Mentiras, imprecisões. Mas eu pensava: preciso. Preciso disso, é de onde retiro a revolta que me impele, que faz sair de mim, ainda, um fiapo de voz, que mais do que isso não sou. Os sonhos todos de uma vida pulam fragmentados e inúteis. E que faz uma velhinha depois das 19h, com todo o perigo nas ruas?
8 dias é pouquinho, mas é alguma coisa. Mais 24h.
E não adianta não ter. Não quero mais, vou jogar no lixo. Não tendo é pior. Não ter traz um desamparo, uma sensação de que, agora sim, você está sozinha no mundo. Não há remédio, não há companhia. Você está sozinha e não tem ninguém para chamar. O que tem é essa muleta ostensiva, enganadora e comprometida que me engana e me destrói.
O que tem é a ignorância contra a qual não posso mais lutar.
Uma vez deixei. Foi tão bom! Foi a época mais criativa da minha vida. Depois caí de novo no engodo.
Ajudem-me, amigos, é preciso força.
Estou há 8 dias sem ver televisão.
E você aí, pensando bobagem, hem?
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