Já não compareço ao blog com a assiduidade de antes, movida a espantos. Já não vejo muito sentido. Tantas pessoas escrevem, mais e melhor do que eu. Tantas vezes os assuntos que me interessam são comentados, analisados, replicados e compartilhados. Não precisam de mim.
Além disso, confesso: sou uma perdedora. Perdi o bonde e a esperança.
Sou contra a maioridade penal: perdi.
Sou contra o armamento geral: perdi.
Sou contra desmatamento: perdi.
Sou contra frases feitas: perco diariamente.
Sou contra a reforma ortográfica: perdi, embora ainda resista.
Sou a favor dos índios, dos sem-terra e dos sem-teto. Venho perdendo.
Sou a favor da legalização das drogas. E antes que os senhores ministros decidam, já sei que perdi.
E ainda venho acumulando perdas quando digo que a polícia é o principal agente da violência, e não da segurança.
Concluo portanto que este não é o meu tempo, que este não é o mundo que esperei transformar, assim como vocês, e só o que consegui foi assistir a quanto ele piorou. Só consegui, afinal, mudar a mim mesma - tarefa ainda não terminada.
Tudo que está acontecendo os livros nos revelaram. Todas as loucuras, os crimes, as retaliações não se repetiriam. Acreditamos na boa vontade dos homens que trabalhariam para que a terra desse seus frutos para todos.
Pois esses terríveis acontecimentos que envergonham a história se reeditam. E piores, porque estão sendo vividos agora, sofridos agora,
O futuro, afinal, chegou.
E como sempre, não estávamos preparados.
PS. A foto também é de algo que perdemos: os rios limpos.
Além disso, confesso: sou uma perdedora. Perdi o bonde e a esperança.
Sou contra a maioridade penal: perdi.
Sou contra o armamento geral: perdi.
Sou contra desmatamento: perdi.
Sou contra frases feitas: perco diariamente.
Sou contra a reforma ortográfica: perdi, embora ainda resista.
Sou a favor dos índios, dos sem-terra e dos sem-teto. Venho perdendo.
Sou a favor da legalização das drogas. E antes que os senhores ministros decidam, já sei que perdi.
E ainda venho acumulando perdas quando digo que a polícia é o principal agente da violência, e não da segurança.
Concluo portanto que este não é o meu tempo, que este não é o mundo que esperei transformar, assim como vocês, e só o que consegui foi assistir a quanto ele piorou. Só consegui, afinal, mudar a mim mesma - tarefa ainda não terminada.
Tudo que está acontecendo os livros nos revelaram. Todas as loucuras, os crimes, as retaliações não se repetiriam. Acreditamos na boa vontade dos homens que trabalhariam para que a terra desse seus frutos para todos.
Pois esses terríveis acontecimentos que envergonham a história se reeditam. E piores, porque estão sendo vividos agora, sofridos agora,
O futuro, afinal, chegou.
E como sempre, não estávamos preparados.
PS. A foto também é de algo que perdemos: os rios limpos.
Helena, por mais que percamos diariamente, ainda há muito por lutar. Não desista. Precisamos de pessoas como você. Abraços.
ResponderExcluirPra variar, Helena, você tem toda razão. O resto é ilusão, promessa vazia, futuro do pretérito.
ResponderExcluirNão acredito
ResponderExcluirque não acredito
no que já foi dito,
mas ainda grito
por aquilo que fito
como um mito
deste meu apito,
sempre rito
tão maldito.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluireu preciso de vocÊ, o que outros dizem não me interessa! também perdi no que cri e continuo crendo no que já foi; mas a única coisa que não podemos é nos perder de nós mesmas e uma da outra, o espaço virtual, é só um espaço virtual, aqui não tem poluição, gente burra, todos tem opinião, soluções, são bem sucedidos, felizes e quando saímos de casa esse bando de hipócritas, esse caos, essa violência que nos paralisa. o Estado de Terror. Onde Esta o Estado de Direito, alguém viu ou já ouviu falar, kk?
Excluirvc pra mim é de verdade!
te amo!
suas palavras, com essa luz fantástica, é algo que não perco de vista jamais.
ResponderExcluirOi, Helena, fiquemos com Darci Ribeiro: "Perdi a maioria das lutas que travei, mas sempre combati do lado certo."
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