No sábado, 26, é o dia da Marcha da Maconha de São Paulo, fechando maio. São 10 anos daquela que é hoje a maior Marcha do Brasil.
Um sonho assumido conscientemente é assim: cresce e se espalha como fumaça. E não importa se é ilegal. Importa se é justo. E a liberdade individual é algo justo, a ser protegida pelo Estado.
Mas o que faz o Estado?
Por isso faz-se necessária a legalização das drogas. Quem não quer a paz?
A paz não é proibicionista nem armada. A paz é fraternal e compassiva.
Algumas pessoas não querem nem ouvir falar nisso, mas fatalmente, e cada vez mais, a proibição das drogas atua no dia-a-dia da cidade e no recrudescimento da violência, de que tanto se queixam.
Sei que muita a gente é contra, por isso e por aquilo, mas se trata de um preconceito tão grande quanto o racial ou de falta de "nobreza de sangue", aproveitando o casamento quase real. Quem quiser de fato saber sobre o assunto sabe onde buscar.
De qualquer forma, sejam contra ou a favor, isso em nada me afasta da causa. A causa é alguma coisa que se põe à frente, como estrada a seguir, aprovada por corpo, mente e espírito.
Não contarei agora o que devo à maconha, na saúde e na doença, nos bons e melhores momentos, no entendimento do outro e na realidade da marginalização, da vida em dois mundos. Preparo, isso sim, um livro com as crônicas que escrevi desde o início do blog www.integradaemarginal.blogspot.com.br, em 2009, defendendo a legalização, abominando a repressão, as mortes e as prisões desenfreadas. Imagino que de tudo que escrevi, cerca de 300 textos, 20% é sobre isso.
Este livro marcará meus 50 anos de usuária.
Era maio de 1969, e o Rio de Janeiro era outro. A polícia estava focada em matar subversivos da ditadura. Ignorava outros tipos de subversão.
Aqueles mortos ainda existem, e a eles se juntaram outros, e os fantasmas de uns e outros. Mas sempre há a juventude, que vibra com palavras de ordem pela liberdade, com humor satírico e criatividade. Os jovens estão apoiados por seus camaradas. Comungam das mesmas idéias. E lutam juntos. É a força do coletivo que os impele para a frente. Outros virão.
São Paulo prepara os 10 anos.
Eu, aos 71, preparo os 50.
Todos ao vão do Masp, no sábado, pelo fim da fracassada guerra às drogas.
Um sonho assumido conscientemente é assim: cresce e se espalha como fumaça. E não importa se é ilegal. Importa se é justo. E a liberdade individual é algo justo, a ser protegida pelo Estado.
Mas o que faz o Estado?
Por isso faz-se necessária a legalização das drogas. Quem não quer a paz?
A paz não é proibicionista nem armada. A paz é fraternal e compassiva.
Algumas pessoas não querem nem ouvir falar nisso, mas fatalmente, e cada vez mais, a proibição das drogas atua no dia-a-dia da cidade e no recrudescimento da violência, de que tanto se queixam.
Sei que muita a gente é contra, por isso e por aquilo, mas se trata de um preconceito tão grande quanto o racial ou de falta de "nobreza de sangue", aproveitando o casamento quase real. Quem quiser de fato saber sobre o assunto sabe onde buscar.
De qualquer forma, sejam contra ou a favor, isso em nada me afasta da causa. A causa é alguma coisa que se põe à frente, como estrada a seguir, aprovada por corpo, mente e espírito.
Não contarei agora o que devo à maconha, na saúde e na doença, nos bons e melhores momentos, no entendimento do outro e na realidade da marginalização, da vida em dois mundos. Preparo, isso sim, um livro com as crônicas que escrevi desde o início do blog www.integradaemarginal.blogspot.com.br, em 2009, defendendo a legalização, abominando a repressão, as mortes e as prisões desenfreadas. Imagino que de tudo que escrevi, cerca de 300 textos, 20% é sobre isso.
Este livro marcará meus 50 anos de usuária.
Era maio de 1969, e o Rio de Janeiro era outro. A polícia estava focada em matar subversivos da ditadura. Ignorava outros tipos de subversão.
Aqueles mortos ainda existem, e a eles se juntaram outros, e os fantasmas de uns e outros. Mas sempre há a juventude, que vibra com palavras de ordem pela liberdade, com humor satírico e criatividade. Os jovens estão apoiados por seus camaradas. Comungam das mesmas idéias. E lutam juntos. É a força do coletivo que os impele para a frente. Outros virão.
São Paulo prepara os 10 anos.
Eu, aos 71, preparo os 50.
Todos ao vão do Masp, no sábado, pelo fim da fracassada guerra às drogas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário