Leio no jornal que o Governador Sérgio Cabral acha que o jogo do bicho, se aberto e legalizado, poderia ser uma fonte de financiamento importante para muita coisa. Ora, que eu saiba, o jogo do bicho é aberto (o cidadão pode apostar em qualquer esquina), e legalizado. Já vi policiais e guardas fazendo a sua fezinha. E nunca vi ninguém preso por exercer o seu direito ao azar.
Os apanhadores de jogo do bicho, pessoas aceitas pela sociedade, trabalham na calçada, democraticamente, às vezes sentados em cadeiras cedidas pelo comércio local. Não há programas para recuperação e reabilitação de pessoas viciadas em jogo do bicho.
Há os jogadores contumazes e os eventuais. Todo o brasileiro já jogou no bicho um dia. Se não jogou, pensou em jogar. Sem culpa.
Finalmente, fonte de financiamento sempre foi, para políticos e escolas de samba em geral, que tudo é carnaval.
Está tudo tão acertado no jogo do bicho que sobre ele não há desavenças. Não existe tiroteio que tenha como fonte o jogo do bicho. Os banqueiros do bicho são mais limpinhos, dá para conversar com eles numa boa. Têm avião e mansão. Gente fina. Recebem super bem e às vezes rola um pó puríssimo, como há muito não se via. Não tem baixaria, baile funk, essas coisas. Às vezes tem até canja de sambista.
Ninguém conhece o valor do mensalão do bicho. Já em relação às drogas já se sabe que a patente é determinante para estabelecer o valor. E os envelopes já vêm com o nome dos destinatários. Nada de banco. O dinheiro sai direto do cofre da empresa para os funcionários (no caso, terceirizados).
Você pode pensar que são os antigos policiais, a rebarba da corrupção, que ainda não foi treinada em moldes mais modernos para a integração com a comunidade que está fazendo essas barbaridades. Nada disso, amigos, os policiais afastados são recrutas. A idéia (diz o jornal) era justamente impedir a contaminação dos agentes com esquemas de corrupção. Foram formados pelo Centro de Aperfeiçoamento de Praças (Cefap), que é, ao que tudo indica, uma ótima formação. O recruta já sai sabendo o que os antigos levaram anos para organizar. Talvez pudesse haver um critério para aumento por antiguidade, por exemplo. Há que estudar.
Claro que a pacificação é possível! O jogo do bicho, por exemplo, está totalmente pacificado.
Os apanhadores de jogo do bicho, pessoas aceitas pela sociedade, trabalham na calçada, democraticamente, às vezes sentados em cadeiras cedidas pelo comércio local. Não há programas para recuperação e reabilitação de pessoas viciadas em jogo do bicho.
Há os jogadores contumazes e os eventuais. Todo o brasileiro já jogou no bicho um dia. Se não jogou, pensou em jogar. Sem culpa.
Finalmente, fonte de financiamento sempre foi, para políticos e escolas de samba em geral, que tudo é carnaval.
Está tudo tão acertado no jogo do bicho que sobre ele não há desavenças. Não existe tiroteio que tenha como fonte o jogo do bicho. Os banqueiros do bicho são mais limpinhos, dá para conversar com eles numa boa. Têm avião e mansão. Gente fina. Recebem super bem e às vezes rola um pó puríssimo, como há muito não se via. Não tem baixaria, baile funk, essas coisas. Às vezes tem até canja de sambista.
Ninguém conhece o valor do mensalão do bicho. Já em relação às drogas já se sabe que a patente é determinante para estabelecer o valor. E os envelopes já vêm com o nome dos destinatários. Nada de banco. O dinheiro sai direto do cofre da empresa para os funcionários (no caso, terceirizados).
Você pode pensar que são os antigos policiais, a rebarba da corrupção, que ainda não foi treinada em moldes mais modernos para a integração com a comunidade que está fazendo essas barbaridades. Nada disso, amigos, os policiais afastados são recrutas. A idéia (diz o jornal) era justamente impedir a contaminação dos agentes com esquemas de corrupção. Foram formados pelo Centro de Aperfeiçoamento de Praças (Cefap), que é, ao que tudo indica, uma ótima formação. O recruta já sai sabendo o que os antigos levaram anos para organizar. Talvez pudesse haver um critério para aumento por antiguidade, por exemplo. Há que estudar.
Claro que a pacificação é possível! O jogo do bicho, por exemplo, está totalmente pacificado.
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O destino do jogador é perder. Ele não ganha nem rifa nem herança nem promoção no trabalho. Só quem ganha é quem administra o azar, e sabem disso nossos governantes. Com o lucro, diversificam os negócios e, mais espertos que satanás, determinam nossos destinos. Alheio, o jogador nem verifica o resultado do sorteio, mas anseia pela aposta seguinte. E joga!
ResponderExcluirOuvi dizer que ai no Rio, onde tem ponto de jogo do bicho não tem assalto e ai de quem se atrever. O jogador tem toda segurança para apostar e receber religiosamente aquilo que acertar. As bancas nunca quebram e interagem entre si para distribuir as apostas mais carregadas. Assim tem condições de cumprir qualquer risco inesperado. O jogo é fonte de ganho adicional para a polícia mal remunerada, que fecha o "olhinho" para os caça-níqueis escondidos atrás das caixas de cerveja nos botequins...
ResponderExcluir"Só quem ganha é quem administra o azar", Daniel disse tudo o que se poderia dizer.
ResponderExcluirParecem que as UPPs já estão dominadas, aliás esta tudo dominado, como se algum dia deixaram de estar.
saudades Angelo