29 de outubro de 2009

CECÍLIA MEIRELLES - 7 DE NOVEMBRO




Nem alegre nem triste, levantou uma polêmica que nem Caetano garantiria. Sou poeta, disse. E quem haverá de se levantar contra Cecília?

7 de novembro é a data do seu aniversário - eternamente.



Tu tens um medo


Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.






(...)

DRUMMOND PARA SEMPRE






Quando Drummond vivia entre nós eu vivia apreensiva com sua morte. Como poderia viver sem o poeta? Poderei suportar o sentimento do mundo? Chegava a chorar só de pensar.
Em agosto de 1987 fazia um frio insólito em Porto Alegre. A estufa ligada tempo integral, a friagem penetrando por baixo da porta, o vento cortante na rua. Eu fazia tricô e assistia televisão. Assim estava quando soube: morreu.
Não resistiu sobreviver à filha, sua única filha. Para quê? A obra feita, os amores vividos, as decepções escritas na pedra.

Foram as crônicas de Carlos Drummond de Andrade que traduziram, para mim, o ânimo daqueles que nasceram em erro geográfico. Cidadãos auto-exilados de suas cidades, aqui está a cidade do Rio de Janeiro. Aqui não sereis mais responsáveis pelo cavalo que foge ou pelo côro de viúvas pranteando.

Drummond transferiu o hábito de sofrer que tanto o divertia para o Rio de Janeiro e da tribuna do Jornal do Brasil pedia socorro para a cidade que via ruir, para a Terra inteira. Ele vinha de Itabira, sabia do que estava falando. E a Vale também sabia o que estava fazendo.

Foi-se o homem, mas não se foi o medo. Estamos 90% de ferro nas almas.
Bem fizeste, poeta, bem fizeste ao pedir

... a paz das estepes
a paz dos descampados
a paz do pico de Itabira quando havia pico de Itabira
a paz do cima das Agulhas Negras
a paz de muito abaixo da mina mais funda e esboroada de Morro Velho
a paz
da
paz.


Há muitas coisas que não gostarias, nem merecias ver. Principalmente, talvez, a tua estátua em Copacabana. Tu que eras calado, homem sem confidências, agora nem te retrais aos afagos dos desconhecidos nem podes resistir aos maltratos dos vândalos de sempre. Será isso a glória? pensa a estátua de Chopin na Praia Vermelha. Mas o coração não pensa mais.

Teu aniversário, poeta, 31 de outubro. Sei que muita gente não se lembrará porque o Halloween, como sabes, sempre ajuda a te desbancar. Assim está o mundo. Com a globalização, os anjos tortos nem estão mais saindo da sombra. Mas pelo menos sabemos que existem.
Agora que és eterno, deixo, em teu nome, para os que te amam, um consôlo. (O acento em consôlo é para não estranhares).






Consôlo na praia



Vamos, não chores
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo
Não tentaste qualquer viagem
Não possui casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
mas, e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te – de vez – nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.












26 de outubro de 2009

GRACILIANO RAMOS e a Justiça



Dia 27 de outubro, dia em que nasceu Graciliano Ramos.

Não vejo nada melhor do que isso para escrever.

Os tempos andam maus. As pessoas têm sido capazes de atos, contra si e contra os outros, que nos deixam perplexas. A violência tem muitas caras, a autoridade tem muitas máscaras. A famosa opinião pública opina, mas as soluções não vêm de lado nenhum.

A injustiça que Graciliano Ramos conheceu tão cedo não mudou muito, de lá para cá, enquanto a chamada justiça existe no papel, e quando chega (confundida com punição) chega tarde. Nunca é capaz de poupar a vítima da tragédia, do medo ou do desespero.
A justiça não existe.
Por isso fiquem com o conto, que é sempre novo, sempre terrível, sempre um exemplo da violência de que o ser humano é capaz e da força, de que também é capaz, de sobreviver aos ataques das feras em que, quando menos se espera, transforma-se o seu semelhante, sem que justiça alguma possa impedir.

Um cinturão


Graciliano Ramos

As minhas primeiras relações com a justiça foram dolorosas e deixaram-me funda impressão. Eu devia ter quatro ou cinco anos, por aí, e figurei na qualidade de réu. Certamente já me haviam feito representar esse papel, mas ninguém me dera a entender que se tratava de julgamento. Batiam-me porque podiam bater-me, e isto era natural.

Os golpes que recebi antes do caso do cinturão, puramente físicos, desapareciam quando findava a dor. Certa vez minha mãe surrou-me com uma corda nodosa que me pintou as costas de manchas sangrentas. Moído, virando a cabeça com dificuldade, eu distinguia nas costelas grandes lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me em panos molhados com água de sal – e houve uma discussão na família. Minha avó, que nos visitava, condenou o procedimento da filha e esta afligiu-se. Irritada, ferira-me à toa, sem querer. Não guardei ódio à minha mãe. O culpado era o nó. Se não fosse ele, a flagelação me haveria causado menor estrago. E estaria esquecida. A história do cinturão, que veio pouco depois, avivou-a.

Meu pai dormia na rede, armada na sala enorme. Tudo é nebuloso. Paredes extraordinariamente afastadas, rede infinita, os armadores longe, e meu pai acordando, levantando-se de mau humor, batendo com os chinelos no chão, a cara enferrujada. Naturalmente não me lembro da ferrugem, das rugas, da voz áspera, do tempo que ele consumiu rosnando uma exigência. Sei que estava bastante zangado, e isto me trouxe a covardia habitual. Desejei vê-lo dirigir-se à minha mãe e a José Baía, pessoas grandes, que não levavam pancada. Tentei ansiosamente fixar-me nessa esperança frágil. A força de meu pai encontraria resistência e gastar-se-ia em palavras.

Débil e ignorante, incapaz de conversa ou defesa, fui encolher-me num canto, para lá dos caixões verdes. Se o pavor não me segurasse, tentaria escapulir-me: pela porta da frente chegaria ao açude, pela do corredor acharia o pé de turco. Devo ter pensado nisso, imóvel, atrás dos caixões. Só queria que minha mãe, sinhá Leopoldina, Amaro e José Baía surgissem de repente, me livrassem daquele perigo.

Ninguém veio, meu pai me descobriu acocorado e sem fôlego, colado ao muro, e arrancou-me dali violentamente, reclamando um cinturão. Onde estava o cinturão? Eu não sabia, mas era difícil explicar-me: atrapalhava-me, gaguejava, embrutecido, sem atinar com o motivo da raiva. Os modos brutais, coléricos, atavam-me; os sons duros morriam, desprovidos de significação.

Não consigo reproduzir toda a cena. Juntando vagas lembranças dela a fatos que se deram depois, imagino os berros de meu pai, a zanga terrível, a minha tremura infeliz. Provavelmente fui sacudido. O assombro gelava-me o sangue, escancarava-me os olhos.
Onde estava o cinturão? Impossível responder. Ainda que tivesse escondido o infame objeto, emudeceria, tão apavorado me achava. Situações deste gênero constituíram as maiores torturas da minha infância, e as conseqüências delas me acompanharam.

O homem não me perguntava se eu tinha guardado a miserável correia: ordenava que a entregasse imediatamente. Os seus gritos me entravam na cabeça, nunca ninguém se esgoelou de semelhante maneira.

Onde estava o cinturão? Hoje não posso ouvir uma pessoa falar alto. O coração bate-me forte, desanima, como se fosse parar, a voz emperra, a vista escurece, uma cólera doida agita coisas adormecidas cá dentro. A horrível sensação de que me furam os tímpanos com pontas de ferro.

Onde estava o cinturão? A pergunta repisada ficou-me na lembrança: parece que foi pregada a martelo.

A fúria louca ia aumentar, causar-me sério desgosto. Conservar-me-ia ali desmaiado, encolhido, movendo os dedos frios, os beiços trêmulos e silenciosos. Se o moleque José ou um cachorro entrasse na sala, talvez as pancadas se transferissem. O moleque e os cachorros eram inocentes, mas não se tratava disto. Responsabilizando qualquer deles, meu pai me esqueceria, deixar-me-ia fugir, esconder-me na beira do açude ou no quintal.
Minha mãe, José Baía, Amaro, sinhá Leopoldina, o moleque e os cachorros da fazenda abandonaram-me. Aperto na garganta, a casa a girar, o meu corpo a cair lento, voando, abelhas de todos os cortiços enchendo-me os ouvidos – e, nesse zunzum, a pergunta medonha. Náusea, sono. Onde estava o cinturão? Dormir muito, atrás dos caixões, livre do martírio.

Havia uma neblina, e não percebi direito os movimentos de meu pai.Não o vi aproximar-se do torno e pegar o chicote.A mão cabeluda prendeu-me, arrastou-me para o meio da sala, a folha de couro fustigou-me as costas. Uivos, alarido inútil, estertor. Já então eu devia saber que rogos e adulações exasperavam o algoz. Nenhum socorro. José Baía, meu amigo, era um pobre-diabo.

Achava-me num deserto. A casa escura, triste; as pessoas tristes. Penso com horror nesse ermo, recordo-me de cemitérios e de ruínas mal-assombradas. Cerravam-se as portas e as janelas, do teto negro pendiam teias de aranha. Nos quartos lúgubres minha irmãzinha engatinhava, começava a aprendizagem dolorosa.

Junto de mim, um homem furioso, segurando-me um braço, açoitando-me. Talvez as vergastadas não fossem muito fortes: comparadas ao que senti depois, quando me ensinaram a carta de A B C, valiam pouco. Certamente o meu choro, os saltos, as tentativas para rodopiar na sala como carrapeta, eram menos um sinal de dor que a explosão do medo reprimido. Estivera sem bulir, quase sem respirar. Agora esvaziava os pulmões, movia-me, num desespero.

O suplício durou bastante, mas, por muito prolongado que tenha sido, não igualava a mortificação da fase preparatória: o olho duro a magnetizar-me, os gestos ameaçadores, a voz rouca a mastigar uma interrogação incompreensível.

Solto, fui enroscar-me perto dos caixões, coçar as pisaduras, engolir soluços, gemer baixinho e embalar-me com os gemidos.Antes de adormecer, cansado, vi meu pai dirigir-se à rede, afastar as varandas, sentar-se e logo se levantar, agarrando uma tira de sola, o maldito cinturão, a que desprendera a fivela quando se deitara. Resmungou e entrou a passear agitado. Tive a impressão de que ia falar-me: baixou a cabeça, a cara enrugada serenou, os olhos esmoreceram, procuraram o refúgio onde me abatia, aniquilado.

Pareceu-me que a figura imponente minguava – e a minha desgraça diminuiu. Se meu pai se tivesse chegado a mim, eu o teria recebido sem o arrepio que a presença dele sempre me deu. Não se aproximou: conservou-se longe, rondando, inquieto. Depois se afastou.

Sozinho, vi-o de novo cruel e forte, soprando, espumando. E ali permaneci, miúdo, insignificante, tão insignificante e miúdo como as aranhas que trabalhavam na telha negra.
Foi esse o primeiro contato que tive com a justiça.

17 de outubro de 2009

GUERRA NO RIO



No dia em que a ONG Viva Rio dá conta de que é precário o controle sobre armas apreendidas pela polícia no Brasil, conforme levantamento apresentado à Subcomissão Especial deArmas e Munições, na Câmara dos Deputados, acontece no Rio de Janeiro mais uma batalha de uma guerra perversa.

Doze mortos, doze pessoas, doze cariocas se foram hoje, mais dois estão em estado grave. Um helicóptero foi derrubado. E isso que a "inteligência" sabia da invasão anunciada. Sabia? E teve tantas baixas? Imaginem quando for apanhada de surpresa.

Além disso, que armas são essas que derrubam helicópteros? No entanto, fica sem resposta a pergunta: a guerra ao tráfico é para cumprir a lei que criminaliza o uso de drogas ou para alimentar a venda de armas? Eis a pergunta que ninguém responde publicamente.
Quanto ao helicóptero, destaque na imprensa internacional, tudo bem: o Ministro Tarso Genro já avisou que devolve o brinquedo ao Governador. Mas e as vidas, quem as devolve aos pais, aos filhos, às mulheres? Em nome de quê a teimosia de levar avante uma guerra perdida? Por que não tentar outra solução?
O Secretário de Segurança diz: "a população não precisa se preocupar. Trata-se apenas de uma microrregião". Como se não fossemos um povo só, correndo os mesmos riscos, sofrendo do mesmo medo. O Morro dos Macacos fica em Vila Isabel. Microrregião?
Infelizmente, aí estão os pobres na linha de frente da guerra. São muitos, podem morrer à vontade. Polícia ou bandido, não importa. A ordem precisa ser garantida. Por falta de coragem de adotar novas soluções.
Triste para o Rio, vergonhoso para os brasileiros saber que as autoridades que os governam insistem numa política nefasta em que a Nação é a única vencida.

13 de outubro de 2009

OUTRA CABEÇA


Há dez dias da última postagem, muita coisa aconteceu, e principalmente, aquela que me moveu durante este tempo: o lançamento do livro O Silêncio das Xícaras. Agora está. Passou. O livro existe e existirá. Não foram poucos os esforços para que fosse bem apresentado, e ainda com os vídeos, que foram feitos justamente no período que antecedeu ao lançamento, ou seja, no mês de setembro. Também o jornal panorama da palavra, em sua 68º edição, já está circulando e comemorando 10 anos.
Agradeço a todos aqueles que estiveram presentes, apesar da chuva da noite, prestigiaram o trabalho, alegraram o evento e dessa maneira estimulam quem se dedica à literatura sem contar com patrocínios, sem hesitar sobre o que se deve fazer da vida porque sabe que o melhor é a arte.
Agradeço também aos que estiveram junto, todo o tempo, com a mesma intenção. A participação de Anna Heller, Ana Paula Braz, Caroline Loback e Sylvia Heller (atriz convidada) foram fundamentais para a criação do vídeo que acompanhou a obra escrita. Tudo funcionou bem, o astral estava ótimo e a chuva afinal não impediu que todo um trabalho fosse literalmente por água abaixo.Dez dias, dez anos, o que é o tempo? Só consigo guardá-lo a partir de coisas realizadas.

Enquanto isso, a lua sofreu uma explosão, Obama ganhou o Nobel da Paz, os gays reclamam as promessas nos EUA e os de Duque de Caxias têm a sua passeada proibida pelo prefeito. As olimpíadas (ufa!) afinal serão no Rio, e não sabemos como esconder desde já os mendigos que proliferam nas calçadas. Talvez as autoridades possam escondê-los nos buracos das principais vias ditas asfaltadas, ou afogá-los no piscinão de Ramos, assim como um dia serviu o Guandu.
E nós? Façamos a nossa parte. Hoje é o lançamento do livro de Victor Colonna, Cabeça, Tronco e Versos, que tive o prazer de editar. O livro está bonito, com capa de Gabriel Voser, e a livraria Baratos da Ribeiro certamente receberá muitas pessoas que mesmo não fazendo parte do círculo de amizades do autor querem saber que poesia é essa que até Antônio Cícero abraçou ao publicar em seu blog.
Quanto a mim, que gosto de ler os novos, já sei há muito tempo que é boa.


1 de outubro de 2009

O POETA E A PRAXE



Dia 9 de outubro, sexta-feira próxima, será o lançamento do meu livro de contos O Silêncio das Xícaras. Ponto.

Isso requer respiração. Ter um filho é assumir um filho, como escrever um livro é assumir uma estética. O lançamento é a maneira costumeira de dizer: aqui está. Escrevi. Quero que gostem dele. O resto é ilusão, isto é, marketing - droga lícita. Ele sempre lança uma desconfiança sobre qualquer produto.
O livro está pronto desde agosto, e o período de espera desta vez foi aproveitado de forma mais criativa, neutralizando a ansiedade que quase sempre antecede ao dia, preenchido por alguns lapsos, atrasos e algumas surpresas. Também serve para que os mais chegados leiam o livro e dêem suas impressões. Quando são boas, isso também tranqüiliza.
Mas tratemos do lançamento: o melhor de agora foi criar durante o período pré-lançamento, ou seja, participar dos vídeos relativos a seis contos do livro. Cinco mulheres emprestam a voz para realizar um projeto que crescia junto com o próprio livro, uma vez que vários deles levam a imagens rápidas, fluxos, sinapses. Dirigindo tudo, Anna Heller, suave e aguerrida.
Juntamente, estará pronto o panorama da palavra, em sua 68º edição, no ano de comemoração do jornal, chama jamais apagada, na rede a partir de 2005, quando parou de circular impresso. Há uma história contada ali. A história de um jornal, que é um vício para quem gosta de fazer. Estarão lá Augusto Sérgio Bastos, Daniel Santos, Nilzanira Reyes, João Borges, Luiza Viana, Paula Padilha, Gabriel Voser. Todos, em algum momento, fizeram parte do conselho editorial ou estiveram muito próximos. Para a nova fase, está junto também Agilberto Calaça.
Quero informar a proposta (palavra contemporânea) para o lançamento, já que se trata de um evento e acontecerá no cinema, o Cine Santa Teresa - na bendita cidade do Rio de Janeiro, que amanhã correrá o risco de ser escolhida para um evento (outro) esportivo de altíssimas e incalculáveis proporções. (sim, estou fugindo, já vi)
O cinema tem sessões às 19h e às 21h. A partir das 19h o povo que foi para o cinema já estará na sala. De lá não sairá até o término da sessão. Quem chegar depois das 19h vai me encontrar lá para os autógrafos, embora eu acredite que o melhor do autor é o que ele dá no livro, e não o que dá no autógrafo. Falávamos de praxe? eis aí mais uma.
Estarei lá para festejar o filho, hoje robusto, uma vez que está pronto desde agosto. Desejo que as pessoas se reencontrem, conversem, comprem o livro, peguem o seu jornal, que será distribuído gratuitamente, como sempre foi, e aguardem a novidade, que será a exibição dos vídeos às 21h. Ora, essa exibição leva no máximo 10 minutos, uma vez que os contos são pequenos e as leituras correspondem. Feito isso, logo após, a idéia é a de que os poetas presentes, no ato e no jornal, usem a mesma expressão que os contos e os vídeos revelam, recitando seus próprios poemas. Isso significa que é um evento quatro em um, porque trata de livro, jornal, vídeo e poesia falada ao vivo. Melhor impossível.

Outra coisa: quem chegar com um exemplar de baseado em quê? pagará pelo livro 20 reais. Quem comprar o livro O silêncio das xícaras pagará 30 reais e levará um exemplar do baseado em quê?
Você pode dizer - isso é marketing. Respondo que estratégia não precisa ser só de mercado.
Espero que os convites tenham chegado direitinho, a despeito da greve dos correios, e que os amigos cheguem para o abraço; que os amigos de Maceió, Salvador, Porto Alegre, Pelotas, Recife, Luxemburgo, Dublin e Ponta Negra estejam ligados na data. Para que sigamos todos, na trilha dos poetas, para o alto e de mãos dadas.