15 de maio de 2016

DITADURAS

DITADURAS

A ditadura implantada em 1964 era linha dura, com soldados, armas, prisões, arbítrio, perseguições, tortura, morte e impunidade.

A nova ditadura é diferente. (Talvez porque ainda nova, em sendo velha)
Vem chegando com palavras bonitas, "pelo bem do País", buscando a "pacificação", mas o que traz é a destruição, o desmonte, o medo. O canetaço voltou ágil e seguro, com saudade da opressão. Os atores são conhecidos de velhas montagens. Todas elas fracassadas.

Acabou-se a fraca democracia. As leis, de tão usadas, prostituíram-se inexoravelmente. Qualquer um pode mudá-las ou "interpretá-las" a seu modo. Aqueles sisudos senhores da máxima corte de justiça entregaram-se às hienas. Como não identificar (e juntar-se) à própria espécie?

Os direitos de mulheres, negros, índios, GLTs, pobres e outras "minorias" são os primeiras a cair. Mas todos eles têm família, parentes e amigos. Cairão junto? Quem irá amparar quem?

Sem justiça, sem governo e sem alento, resta-nos a vergonha de saber que o mundo inteiro, perplexo, não sabe se ri ou chora por nós.
Eis que começa um outro ciclo. Não é novo. Apenas outro. De novo mesmo, não temos nada. Seguimos com o velho sonho de um mundo melhor, absolutamente possível.

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