23 de março de 2010

FINA FICÇÃO


ou

A PURA ESSÊNCIA DO SER


eis o que define o livro de Lou Viana, nascida Luiza, desde o lançamento do seu primeiro livro, O céu do lençol. E não sou eu, mas ninguém menos que o poeta Manoel de Barros quem saudou o livro reconhecendo nele "puro afago para a inteligência e a sensibilidade".
A poesia já está na capa:


Me sonhei com asas
acordei bicho rasteiro


O poema convida o leitor a buscar (e encontrar) um espaço pouco habitado, onde são feitas conexões sutis, diferentes das que fazemos apenas mentalmente.

Digamos que Fina ficção é uma concentração de conhecimentos. Do conhecimento que está à disposição, nos centros de conhecimento do mundo físico, e aquele outro, invisível, misterioso para nós, percebido apenas por aqueles que fazem da própria vida um processo incessante na direção da liberdade.
Provavelmente por isso Luiza se tornou Lou. No futuro, talvez se chame Luz.
A ficção invadiu a realidade? A realidade não existe? Questões repetidas por ausência da novidade. O que há de novo é o apuro da percepção e a decorrente interpretação do universo expressada em poesia.
Rachel Braga, autora da capa, captou a sutileza de tudo.
Eu sou a editora. Quem pode me chamar suspeita? Sou apenas testemunha do processo.

Fina ficção será apresentado ao público amanhã, quarta-feira, 24, na Blooks Livraria, que é a livraria que habita o Unibanco Arteplex, na Praia de Botafogo, 316. A partir das 19h.
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Ia terminando aqui, mas não vou deixá-los sem
.
Obsessão
.
Não ser absorvida
por nenhum deus
ser apenas eus
..
Facas
.
Palavras me penetram:
sou consagrada
..
Ponto de vista
.
Brincar com
a vida
e, contudo
.
o sagrado,
nossa verdade,
o outro sob tudo
.
..


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