31 de janeiro de 2011

O EMPÓRIO CONTRA ATACA




Já entramos fevereiro e agradeço a todos os que me acompanham, apóiam ou ficam quietos, meditando ou passando por cima dos temas levantados aqui

Tenho hoje 102 seguidores. Não é pouca coisa para um tempo de individualismo. Volto, portanto, a um tema que ainda não inaugurou 2011 nesse blog.


Vejam vocês o que é ser subdesenvolvido. Enquanto no Colorado, EUA, a indústria se prepara para lançar no mercado refrigerantes de maconha (cada garrafa de Canna Cola terá entre 35 e 65 miligramas de THC (tetrahidrocanabinol), substância psicoativa da cannabis, da qual se produz haxixe e maconha, de acordo com informações da Time), arquitetos de uma universidade inglesa acabaram de inventar uma casa feita de palha e fibras da planta de maconha. Segundo o jornal britânico Daily Mail, após desenvolver o material com estas matérias-primas e montar a casa, os pesquisadores fizeram testes e comprovaram que o imóvel é forte ao ponto de aguentar um furacão.


E nós? O governo tupininquim despede sem muita conversa o Sr. Pedro Abramovay que ousou ser um pouquinho mais progressista e segue apostando na repressão, coisa absolutamente fora de moda e que muitas vezes ridiculariza a própria polícia, como no caso em que algemou um pé de maconha ou, mais recentemente, botou areia na festa da moça que completava 18 anos em Arraial da Ajuda, e ganhou, de uma amiga, um bolo decorado com folhas de maconha. Não era um bolo de maconha, vejam bem: era decorado com folhas de maconha, conforme podem ver.




Agora imagine você, leitor, que é fissurado em café, por exemplo. De um dia para outro, porque alguém quer ganhar dinheiro com o café, o produto passa a ser proibido. Não só proibido, mas perseguido, e seus consumidores presos e muitas vezes mortos. Claro que você vai comprar café no câmbio negro (pior e mais caro) porque ninguém lhe deu razões satisfatórias para que você deixasse deixasse de beber o seu delicioso cafezinho. E aí você pode correr riscos de ser dedurado enquanto o cheiro do seu café exala da sua maravilhosa cafeteira. O quê fazer, caro leitor louco por café?

De repente você, cidadão que paga impostos e não tem nada em troca, ainda se torna um perseguido da polícia. Que sina! E o café está acabando, o traficante desaparece. Isso é vida, por um simples café?

Pois ao invés de buscar a paz e a harmonia o governo prefere as armas e a supressão dos usuários, por morte ou prisão, mesmo que o discurso seja o de direitos humanos (mas quais?). Um dia (eu já disse isso, desculpem) nossos pósteros tomarão conhecimento da existência desse conflito e ficarão perplexos com tanta hipocrisia, ignorância e preconceito.

O nosso País, o mais belo, o mais diverso, o muitíssimo rico em recursos vários, presentes da natureza, com esse diabo de povinho que ainda acredita que maconha é uma erva maldita e obra de Satanás. Isso é, no mínimo, sacanear Deus, que criou todas as coisas para que os homens tivessem opções variadas na escolha do prazer. Ou vocês ainda acreditam em autoflagelação?

Deixo-os com as belas fotos que ilustram os resultados da inteligência e da liberdade de pensamento de outros que, infelizmente, não são brasileiros.





3 comentários:

  1. "¿Por qué siempre nado contra la corriente? Porque sólo así se llega a las nascientes"
    (José Lutzenberger)

    Prohibir y reprimir para justificar el financiamiento a las fuerzas policiales es una de las razones de la ilegalidad de ciertas sustancias. En Holanda desde hace años, decadas, se ahorran millones destinados a la represión, captura y control y además las sustancias legalizadas pagan sus impuestos y el estado gana para reinvertir. Ganancia por todos lados y aquí en américa del sur los mafiosos de todos los grupos siguen haciendo negocios SUCIOS, FEOS Y COBARDES.

    abrazo,

    Leo Lobos

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  2. nesta semana helena ortiz em dosedepoesia.blogspot.com

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