16 de março de 2013

TIA LOLA




Quando tia Lola ficou doente e foi de emergência para o hospital, o quadro logo se mostrou grave.
A mãe começou a falar no assunto para a filha, Cora, que não completou 4 anos.
Cora é a princesa da família, a única criança de uma família de adultos, na maioria mulheres. Cora é a filha de todos, a super-amada, e a todos responde com carinho e cuidado. 
A mãe disse que tia Lola tinha ficado doente e fora para o hospital.
Que rezassem para ela ficar boa. Cora interrompeu: ... Ou morrer, não é mamãe?  

Tia Lola foi para o hospital, esteve ainda poucos dias lúcida, foi para o CTI e logo se foi.
A mãe foi ao enterro, que estava tão triste, e na hora das despedidas, num impulso, sob muita emoção, contou essa história que lhes conto.

Quando soube da morte de Lola, precisei dizer à Cora. Ela então me disse que não ficasse triste; que a tia Lola tinha ido para um palácio muito lindo que existe no céu, onde as pessoas deixam suas asas quando vêm ao mundo. Quando morrem, elas partem outra vez para lá, recuperam as asas e viram anjos.

Em seguida apontou para o céu e exclamou, muito alegre: Olha lá mamãe, a tia Lola! Tchau, tia Lola! Tchau!

Mamãe, você não vai chamar ninguém para ver?

Tchau tia Lola!




Fev/2013     

Um comentário:

  1. Solo un niño, o quien sigue siendo niño, puede sentir la alegría de las alas y de los ángeles. Y volar, incluso sin alas.

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