4 de maio de 2018

AMANHÃ SERÁ OUTRO DIA






AMANHÃ SERÁ OUTRO DIA 

MARCHA DA MACONHA 2018

Já não sei há quantos anos escrevo pela legalização das drogas. Não só da maconha, mas de todas, em situação de igualdade com as lícitas. Já nem sei há quantos anos espero isso, e pensei que morreria sem ver, principalmente agora, quando estamos vivendo um tempo de retrocesso e obscurantismo.
Mas não. O movimento da sociedade é muito mais rápido que o da lei. A lei demora. A Justiça mais ainda. E enquanto isso vão acontecendo coisas, como a aceitação da maconha como fonte de economia de muitos países, a aceitação de que ela é também um remédio, a aceitação de que ela é uma companhia e de que promove a fraternidade entre pessoas e povos. Há um tácito entendimento entre os que seguem a seita da paz.
Então, por que a guerra?
A guerra é porque somos atrasados e subservientes. E não nos importamos de espalhar a morte e o medo pela cidade.
Morrem traficantes. Morrem policiais. Morrem crianças. (Leio, horrorizada, sobre o projeto de blindagem das escolas municipais) Afinal, guerra é para matar e morrer. Por que seguir com essa política fraticida?

Foi Galeano quem disse, se me lembro, respondendo a uma pergunta sobre para que serviam as utopias: "As utopias servem para caminhar".
Caminhemos, pois, de mãos dadas, para acabar de uma vez por todas com esse flagelo que é a tal "guerra às drogas", na qual só existem vencidos.

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