Recebo com freqüência notícias sobre a caminhada na direção da legalização das drogas no mundo. São passinhos pequenos, às vezes voltam atrás, outras ficam marcando no mesmo lugar. O preconceito é grande e o medo também. Mas o movimento existe. Califórnia (EUA), México, Argentina enfrentam realisticamente a questão. Se não há remédio, a única coisa a fazer é conviver pacificamente.
Aliás, vale dizer que o governo argentino argumenta que a nova legislação não representa a legalização ds drogas, mas uma forma de prevenir a polícia de subornar pequenos consumidores. Que coisa, hem?
Mas estamos no Rio de Janeiro. E o que passa?
Em Duque de Caxias o Joãozinho, 30, denominado Rei da Vila Ideal, braço direito de Fernandinho Beira-Mar foi denunciado por um ex-policial que hoje "atua" na milícia. Informou o informante (e também miliciano) que Joãozinho iria ao baile funk.
Quando o rei chegou, os policiais já estavam. Houve tiroteio. O rei caiu.
Isso foi na madrugada de sábado para domingo.
Na segunda-feira o comércio fechou e a população viu passar pelo calçadão, solene, o caixão de Joãozinho sobre uma kombi, antes de ir para o cemitério. Foi-se o rei entre homenagens.
Joãozinho com certeza já foi substituído, que essas coisas de nobreza vocês sabem como são. O miliciano, ex-policial (é gostar muito de batalhão) não será incomodado tão cedo. Afinal, uma mão lava a outra. Enquanto isso a guerra grassa. Não é nada, sempre morrem um ou dois que estavam apenas passando. Quase sempre pobres. Quase sempre pretos.
Do comércio, só o Prezunic pôde funcionar. Quem deixou?
Os brancos pobres são negros suspeitos, os negros pobres são negros culpados.
ResponderExcluirbeijo