(George Apap)
O ano passou rápido. De novo está aí a Marcha da Maconha que se realizará no próximo dia 7 de maio, sábado, saindo do Jardim de Alah na direção do Arpoador.
Os jovens engajados acreditam que um dia a legalização se fará, assim como está perto de se tornar legal a união estável entre homossexuais, o direito ao aborto para as mulheres que não se consideram aptas a ter filhos, o direito à moradia e ao trabalho para todos. Utopias? Nem tanto.
Cresce o número de pessoas que consideram natural fumar maconha, que reconhecem suas propriedades terapêuticas, valor econômico, e necessária a legalização, tendo em vista a cadeia de corrupção e violência que a proibição acarreta. Mas os interessados na corrupção e na violência não querem ouvir porque ouvir (e respeitar) é o mesmo que diminuir os lucros.
A Justiça, infelizmente, é cega e retardada. Sempre vem atrás das necessidades da sociedade. Com a desculpa de que quer ouvir a todos, não satisfaz a ninguém.
No ano passado houve praticamente um levante em defesa da legalização, que se alastrou pelas capitais e chamou a atenção de todos pelo grande número de pessoas que se mobilizaram em defesa da causa. Normal. Quem pensa, lê, ouve os argumentos favoráveis, não pode deixar de pensar que é muita repressão para uma prática que nasceu justamente no momento em que se buscava a paz entre as pessoas. E talvez essa seja a característica mais marcante da maconha: o fato de que usada coletivamente, nunca induz à agressividade, mas à harmonia entre os adeptos, como um exercício de aceitação do outro.
Talvez seja justamente isso que uma sociedade violenta não quer. Os violentos querem plantar a violência, enquanto os maconheiros querem distância disso. Pregam a paz e praticam o amor. Pode parecer passadismo, não é. Paz e amor podem ter saído de moda, mas não desapareceram como desejo profundo da humanidade que ainda não adoeceu. Todo o mundo quer ser feliz. Só não sabe como. E o uso da maconha não é uma fuga, como muitos dizem, é um encontro. É o encontro com a sensibilidade aprisionada pela sociedade repressora, que quer controlar pensamentos e atitudes de todos para mais facilmente manipulá-los.
A luta contra o preconceito não tem fim. E quanto mais politicamente correta se torna a sociedade mais se acirram os ânimos contra as diferenças. É crime o racismo, a homofobia, a agressão às mulheres e às crianças ? Pois nunca houve tantos casos. É proibido beber e dirigir? Até as autoridades fazem isso. É proibido matar sem julgamento? Auto de resistência neles.
Os jovens engajados acreditam que um dia a legalização se fará, assim como está perto de se tornar legal a união estável entre homossexuais, o direito ao aborto para as mulheres que não se consideram aptas a ter filhos, o direito à moradia e ao trabalho para todos. Utopias? Nem tanto.
Cresce o número de pessoas que consideram natural fumar maconha, que reconhecem suas propriedades terapêuticas, valor econômico, e necessária a legalização, tendo em vista a cadeia de corrupção e violência que a proibição acarreta. Mas os interessados na corrupção e na violência não querem ouvir porque ouvir (e respeitar) é o mesmo que diminuir os lucros.
A Justiça, infelizmente, é cega e retardada. Sempre vem atrás das necessidades da sociedade. Com a desculpa de que quer ouvir a todos, não satisfaz a ninguém.
No ano passado houve praticamente um levante em defesa da legalização, que se alastrou pelas capitais e chamou a atenção de todos pelo grande número de pessoas que se mobilizaram em defesa da causa. Normal. Quem pensa, lê, ouve os argumentos favoráveis, não pode deixar de pensar que é muita repressão para uma prática que nasceu justamente no momento em que se buscava a paz entre as pessoas. E talvez essa seja a característica mais marcante da maconha: o fato de que usada coletivamente, nunca induz à agressividade, mas à harmonia entre os adeptos, como um exercício de aceitação do outro.
Talvez seja justamente isso que uma sociedade violenta não quer. Os violentos querem plantar a violência, enquanto os maconheiros querem distância disso. Pregam a paz e praticam o amor. Pode parecer passadismo, não é. Paz e amor podem ter saído de moda, mas não desapareceram como desejo profundo da humanidade que ainda não adoeceu. Todo o mundo quer ser feliz. Só não sabe como. E o uso da maconha não é uma fuga, como muitos dizem, é um encontro. É o encontro com a sensibilidade aprisionada pela sociedade repressora, que quer controlar pensamentos e atitudes de todos para mais facilmente manipulá-los.
A luta contra o preconceito não tem fim. E quanto mais politicamente correta se torna a sociedade mais se acirram os ânimos contra as diferenças. É crime o racismo, a homofobia, a agressão às mulheres e às crianças ? Pois nunca houve tantos casos. É proibido beber e dirigir? Até as autoridades fazem isso. É proibido matar sem julgamento? Auto de resistência neles.
Não é a lei que planta a consciência. A lei só estabelece a obrigação.
Chega de hipocrisia. As idéias crescem, se fortalecem e criam asas. Impossível alcançá-las e dizimá-las, como se faz com as plantações. Uma idéia é livre e imprevisível. Ilude a polícia, rompe o asfalto. E um dia, como queria Drummond, se fará completo silêncio, os negócios serão paralisados, porque uma planta nascerá para ser livre como as outras.
...
isto não é um comentário. é uma "assinado embaixo"
ResponderExcluirA professora entende que está muito bem tecido,além de concordar com a tese defendida.
ResponderExcluirötimo e lúcido texto, parabens mais uma vez e escreva sempre que quiser, é um prazer le-la.
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