Atenção, estamos vivendo um momento importante, daqueles que compõem o histórico de uma causa em marcha.
Depois de avanços curtos frente às críticas diversas, eis que o movimento pela legalização do uso e plantio da maconha avança. Não basta, já se sabe. Mas já é um início. A abolição completa da proibição do uso de drogas há de chegar, porque os tempos são outros, o crack campeia livre, a polícia diz que está sendo treinada mas maus hábitos são difíceis de extirpar.
Além disso, todo o mundo sabe e não adianta fingir, a repressão está ligada ao extermínio gradual dos mais pobres, em sua maioria negra, que superlotam as cadeias em condições subumanas. Isso quando a lei pune com a privação da liberdade, mas não com a perda da dignidade.
Quantos estão nas cadeias ligados a delitos por pequeno porte e consumo, ou mesmo pequeno comércio, digamos assim. Se legalizada a atividade, seriam apenas etapas da cadeia produtiva? Uma hipocrisia, tudo isso, que é assim que se mantêm os déspotas e suas entourages. Aliás, Arruda (de novo?). Era líder de FHC, agora é o próprio dem.
Mas tudo tem um fio. O tempo passou, FHC é a favor da legalização. No próprio governo não foi, mais eis que vislumbra um potencial e já prepara a bocarra. Será possível que trague?
Tudo bem, é preciso suportar a má convivência, se a causa progride. Já se passou o tempo em que a gente não sentava à mesma mesa com um desafeto político.
Outro parceiro, vocês sabem, é o próprio jornal O Globo que inaugurou as palestras no Auditório Irineu Marinho, em agosto, e mantém um ótimo blog que ultimamente ficou ainda melhor com a participação dos leitores, dentre os quais estão o antropólogo Sérgio Vidal, à frente da Marcha da Maconha, em Salvador, e do sociólogo Renato Cinco, à frente do Coletivo pela legalização do Rio de Janeiro, além de outros leitores também muito bem posicionados e que ainda escrevem bem. São freqüentes os gringos, o que sempre é um suporte confiável, não é mesmo companheiros?
Além disso, todo o mundo sabe e não adianta fingir, a repressão está ligada ao extermínio gradual dos mais pobres, em sua maioria negra, que superlotam as cadeias em condições subumanas. Isso quando a lei pune com a privação da liberdade, mas não com a perda da dignidade.
Quantos estão nas cadeias ligados a delitos por pequeno porte e consumo, ou mesmo pequeno comércio, digamos assim. Se legalizada a atividade, seriam apenas etapas da cadeia produtiva? Uma hipocrisia, tudo isso, que é assim que se mantêm os déspotas e suas entourages. Aliás, Arruda (de novo?). Era líder de FHC, agora é o próprio dem.
Mas tudo tem um fio. O tempo passou, FHC é a favor da legalização. No próprio governo não foi, mais eis que vislumbra um potencial e já prepara a bocarra. Será possível que trague?
Tudo bem, é preciso suportar a má convivência, se a causa progride. Já se passou o tempo em que a gente não sentava à mesma mesa com um desafeto político.
Outro parceiro, vocês sabem, é o próprio jornal O Globo que inaugurou as palestras no Auditório Irineu Marinho, em agosto, e mantém um ótimo blog que ultimamente ficou ainda melhor com a participação dos leitores, dentre os quais estão o antropólogo Sérgio Vidal, à frente da Marcha da Maconha, em Salvador, e do sociólogo Renato Cinco, à frente do Coletivo pela legalização do Rio de Janeiro, além de outros leitores também muito bem posicionados e que ainda escrevem bem. São freqüentes os gringos, o que sempre é um suporte confiável, não é mesmo companheiros?
Bom, o que quero dizer é que estou indo para Salvador para participar da Marcha da Maconha. Quero ver como o povo se organiza lá, vou levando meu baseado em quê - um fininho que satisfaz, como cunhou Cristina Silveira. Volto dia 8, quando estará acontecendo outro encontro desta vez na Oi Futuro (o que se há de fazer?) do Flamengo, às 19h, ao qual estará presente Sérgio Vidal, que também é representante da UNE no Conad - Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas. Ele é muito bom.
Estou chamando os adeptos. Espero estar presente, porque volto também dia 8. Sempre fui adepta das causas abolicionistas. É uma boa coisa de se fazer na vida.
E sabem de uma coisa? Eu nem me importava de chegar e não ter lugar. Eu ia ficar feliz de saber que o auditório ou o que for estará cheio, e no próximo haverá ainda mais gente e no futuro (no futuro mesmo, não no oi) a liberdade será para todos.
...
"A cobra tá fumando!" - era a senha da FEB, na II Guerra. Agora, não só a cobra, mas todos, quase todos. Vamos ver o que sai desse encontro na Bahia. Quantos mais encontros, melhor, que morre menos gente. Boa viagem ... com ou sem aditivos.
ResponderExcluirA luta continua, Helena! Estamos juntos nessa, por um mundo legalizado!
ResponderExcluirVocê me surpreende...e além ar, gostaria de também perpetuar em letras meu APOIO LEGAL.
ResponderExcluirAndei distante do alfabeto poético, e precisava de uma inspiradora,embora nunca tivesse te esquecido. E como esquecer alguém que come feijão com arroz gelado? (Risos)Poetisa, escritora, mãe, mulher, batalhadora, guerreira. Sei pouco e cada momento que adentro teu blog dislumbro um ser humano magnífico que emana em palavras integradas e marginal: Helena Ortiz.
Obrigada ao universo por você existir!