27 de janeiro de 2014

A PEQUENA BELEZA

Alguma coisa está fora de ordem, isso é certo, e não é de hoje. Digamos que, com a velocidade da pedra, alguma coisa acontece. Está acontecendo até no jornal O Globo, que publicou no chamado caderno Prosa e Verso, DOIS - é isso mesmo, caros leitores descrentes: DOIS POEMAS inteiros, numa PÁGINA INTEIRA. Claro que isso não nos isenta de ter compositores, ainda que grandes compositores, escrevendo sobre nada, enquanto os escritores... Por outro lado, um escritor que tem coluna semanal, prefere falar sobre videogames, que não sei se é coisa que os escritores leriam até o fim. 

Outra coisa: na mesma edição, DUAS matérias grandes (e bastante simpáticas) sobre a legalização da maconha. 

E quero aproveitar aqui para falar um pouco mal do filme  A GRANDE BELEZA, que nos impingem como grande obra e que é, a meu ver, um ensaio canhestro para reviver o quê? O que já foi feito por Fellini e não é possível copiar por falta de gênio criativo. O diretor apostou em Fellini e acertou (ou errou) em Benigni. Na tentativa de abordar o tédio, causou foi sono e não passou nem perto de Antonioni, que já tinha esgotado o tema. Além disso, para terminar de entediar o espectador em duas horas e meia mal vividas, você ainda é obrigada a assistir, nada mais nada menos do que Itamar Franco, que alguns imbecis chegaram a chamar de o novo Mastroianni. 
Certamente, alguma coisa está fora de ordem.
Mas aqui está Marcelo, que há de nos perdoar. 


* Serei justa: o filme tem momentos engraçados, mas não chegam a 15 minutos.

Um comentário: