5 de maio de 2014

LIBERDADE PARA A MACONHA

Passarinho não voa para trás.
Há muito tempo voa esse pássaro da liberdade procurando encontrar quem o compreenda. O Uruguai sai na frente enquanto o Brasil, maior, mas atrasadinho na questão, segue uma obsessiva (e disfarçada) perseguição ao tráfico que a própria polícia alimenta e que nada mais é do que uma carta branca para matar. 

A marcha de São Paulo foi bonita demais e a do RIO, SÁBADO, DIA 10, também promete, assim como as das demais 21 cidades onde a marcha acontecerá até junho, com energia renovada, entusiasmados que estão os militantes com a coragem dos vizinhos e a quantidade de adeptos que, saídos do nada, aparecem agora como velhos defensores. Tudo bem. É como sair do armário. 
A sociedade, finalmente, está entendendo que legalizar é diminuir, em sua maior parte, os motivos da guerra contra os pobres, em que morrem ou são presos os jovens de 18 a 25 anos, para cumprir penas absolutamente desproporcionais ao peso, ao preço e aos efeitos de um baseado. Por outro lado, a justiça deixa impunes matadores de crianças.
A guerra civil, que tanto medo tem causado às autoridades (não por causa das vidas perdidas, mas pelas más repercussões pré-copa) começaria a desmoronar com a legalização. Com certeza diminuiriam as mortes e o campo de atuação da polícia corrupta. Além disso, extingüiria, entre os jovens das favelas, a opção pelo tráfico. 
As ações, os tiroteios, as mortes mal explicadas, tudo isso que tanto tem assombrado as autoridades,que se encontram frente a frente com um problema insolúvel, acabariam a fim de que a polícia se dedicasse à segurança pública, que é a sua finalidade, e não a humilhar, perseguir e matar usuários de maconha, substância muito menos nefasta do que o cigarro ou o álcool, conforme todo o mundo está cansado ode saber.
A marcha é no sábado, dia 10, no Jardim de Alah.
O mês é maio.
E a liberdade é verde.

* este blog não segue as normas do acordo ortográfico


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